Com o objetivo de pressionar pela distribuição e demarcação das terras públicas do estado e pautar a reforma agrária, a FNL convoca uma marcha da militância rumo ao município de Presidente Prudente, partindo de dois pontos de concentração: uma coluna de ativistas sairá de Sandovalina, e outra de Presidente Venceslau.

A Frente resiste ao PL da grilagem (lei 277 de 2022), de autoria do governador Rodrigo Garcia (PSDB) que facilita a entrega de terras ociosas para a grilagem em detrimento dos acampamentos e movimentos sociais que lutam pela reforma agrária. Segundo a Frente, no Pontal do Paranapanema há mais de 300 mil hectares de área reconhecida como pública pela Justiça, no entanto seguem aguardando demarcação.

Em nota enviada ao Comando Geral da Polícia Militar de Presidente Prudente para comunicar a realização da marcha, o  coordenador nacional da FNL José Rainha afirma que  “essas terras estão nas mãos de 10 latifundiários. Se destinadas a um programa de reforma agrária, daria para assentar mais de 10 mil famílias de sem-terra, ou seja, daria emprego para mais de 30 mil pessoas que hoje vivem passando fome nas periferias da nossa região. É importante afirmar que a região do Pontal do Paranapanema só não está no mapa da fome devido as 8 mil famílias assentadas. Graças a estes assentamentos os municípios têm um equilíbrio e estabilidade econômica. Nossos assentamentos são responsáveis por este avanço de emprego e renda da região, bem como o grande desenvolvimento do comércio varejista e agropecuário do Pontal.”

A marcha inicia em 21 de novembro, e tem previsão de chegada no Parque do Povo, em Presidente Prudente, no dia 24. A marcha deve encerrar na Praça da Matriz, localizada no centro da cidade. A FNL pede apoio aos movimentos sociais parceiros da luta pela reforma agrária para contribuir financeiramente ou ainda na estrutura da mobilização. O contato pode ser feito através do telefone (18) 98167-1302, com  Willian (Mussum).