A medalha de prata de Rebeca Andrade vale ouro!
Abaixo a todas estátuas e monumentos à opressão!
Vivemos um período no Brasil, que o golpismo, o negacionismo, o racismo, a misoginia, a homofobia e o milicianismo policial, a corrupção são a marca do governo pró fascista de Jair Bolsonaro.
Inúmeros são os casos de violência contra o povo pobre das favelas e periferias, quase na sua totalidade envoltos de questões ligadas ao racismo institucional e estrutural. A tríade raça, classe e gênero são os elementos que levam ao apartheid social e racial no Brasil.
O Brasil é o 5º país do mundo – em um grupo de 83 – em que se matam mais mulheres, de acordo com o Mapa de Violência de 2015 organizados pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais.
Segundo essa pesquisa as mulheres negras são as principais vítimas de casos de crimes homicídio, de violência psicológica, de violência moral, de violência patrimonial, de cárcere privado, inclusive de tráfico de mulheres. Em 2020, em plena pandemia, o país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher.
O racismo e a violência policial atinge sem a menor piedade mulheres, homens, e principalmente crianças e jovens negros (as). Quando não são vítimas da polícia, são vítimas das milícias e do tráfico, ou em grande medida vítimas do sistema pela ausência de serviços de educação, saúde e bem estar social.
Entre tantos casos um dos mais emblemáticos envolve três crianças negras de Belford Roxo na Baixada Fluminense, desaparecidos ano passado. Lucas Matheus de 9 anos, Alexandre Silva de 11 anos e Fernando Henrique de 12 anos. Que as últimas informações levam a crer que foram chacinados por furtarem uma gaiola de passarinho. A barbárie não tem limites?
O sistema Colonial das Américas, se acostumou a erguer estátuas e monumentos em homenagens a racistas, escravocratas e genocidas. Todos esses monumentos precisam ser derrubados.
Galo está certo ao atear fogo na estátua de Borba Gato e deve ser libertado imediatamente! Se está preso é por ser um homem negro, pobre e líder de uma parcela de trabalhadores dos mais explorados pelo capital.
A menina Rebeca de 22 anos que saiu da periferia de Guarulhos para brilhar nas Olimpíadas, numa modalidade que tem acesso a elite branca, rema na contramão da história. A história de Rebeca é parecida com a de muitos brasileiros. Filha de uma família humilde da periferia. Dona Rosa sua mãe sustentou 8 filhos em uma casa de um cômodo onde todos dormiam e com um banheiro do lado de fora da casa, hoje tornou-se orgulho nacional! O esporte de brasileiro precisa de muitas Rebecas! E a luta de classes precisa de muitos Galos! Abaixo todas as estátuas e monumentos ao racismo e a opressão!