Em defesa da ciência, da vida e do bem-estar coletivo, vote 50!

Eleições municipais de novembro serão decisivas para o enfrentamento à crise sanitária e à escalada da barbárie na política brasileira.

Isaque Castella 26 out 2020, 13:17

Inserida em um contexto nacional bastante turbulento, a disputa eleitoral nos municípios adquire especial revelância em 2020. O que está nitidamente em jogo é o êxito ou fracasso do bolsonarismo, e seus braços políticos, em eleger seus candidatos no âmbito local. Mas, para além de termômetro de popularidade, os resultados do pleito de 15 e 29 de novembro podem ter consequências imediatas e gravíssimas na vida da população. A eleição de representantes alinhados à ideologia do governo federal, com reflexo em algumas gestões estaduais, significa, em termos de medidas sanitárias, a politização da pandemia da Covid-19, com interesses ideológicos e mercadológicos se sobrepondo às recomendações das autoridades médicas competentes.

Nesse contexto, saber “separar o joio do trigo” é crucial. Nem mesmo o fato de o Brasil ter ultrapassado a triste marca de mais de 150 mil mortos parece ser capaz de sensibilizar alguns políticos sobre o tratamento sério que a crise merece. Enquanto debochavam das vítimas da Covid-19 e propunham, muitas vezes, a utilização de medicamentos sem devida comprovação científica, a oposição articulava na Câmara dos Deputados a aprovação da Renda Básica emergencial em um valor justo, muito superior à proposta de Bolsonaro e Guedes. E o PSOL, a partir de sua combativa bancada, se destacou na autoria da emenda aprovada que assegurou o duplo benefício às famílias monoparentais.

Ademais, o partido tem defendido que a renda de cidadania seja adotada de forma permanente, sem prejuízo de outras políticas de proteção social já implementadas. Em diversos munícipios, o PSOL a incorporou no programa e já tem demonstrado compromisso com essa política em nível local. O combate à desigualdade socioeconômica é uma bandeira central dos candidatos psolistas, que enxergam na transferência de renda a possibilidade de garantia de uma vida minimamente digna a todos e do aquecimento da roda da economia.

Sobre o combate direto à pandemia, o PSOL, diferentemente de Bolsonaro e seus aliados, defende as medidas de distanciamento social e a retomada responsável, e respaldada cientificamente, dos serviços não-essenciais e atividades escolares nos munícipios brasileiros, ou seja, quando tal retorno à “normalidade” se fizer possível. É a vida e o bem-estar das pessoas que está em questão. Tal primazia da saúde coletiva não significa, de forma alguma, a insensibilidade às justas preocupações dos estabelecimentos prestadores de serviços e comerciais. É com diálogo, ouvindo atentamente as demandas de todos os atores sociais envolvidos e tentando contemplá-las, seja direta ou alternativamente, que o partido pretende governar.

Uma gestão efetivamente popular é aquela calcada na ampliação dos canais de participação e no fortalecimento das instituições participativas. O jeito PSOL de administrar passa longe do modelo representado por gestores trancados em gabinetes e tomando decisões políticas, que afetam a vida de muita gente, de forma unilateral. Um governo de tecnocratas impermeáveis à democracia não faz parte da gramática psolista. É a partir da instância discursiva que as melhores e mais legítimas decisões são construídas.

Ao contrário do que alguns críticos mainstream poderiam apontar, fazer um governo de ocupação popular nada tem a ver com populismo barato, no sentido de passar por cima de instituições ou esvaziá-las. Trata-se, na verdade, de garantir que todas as vozes sejam ouvidas, inclusive aquelas que foram historicamente silenciadas pelo poderes constituídos. É pensar que as políticas de educação, saúde, segurança pública, precisam ser pensadas também por e para contemplar as minorias políticas, que são, muitas vezes, maiorias numéricas. Por isso, a necessidade de uma educação para a diversidade, de uma segurança pública cidadã, voltada à preservação da vida. Todas as vidas importam!

E o PSOL quer que a política seja um espaço cada vez mais diverso, muito distinto da distorção que existe hoje, por exemplo, nas casas legislativas. Com esse intuito, o partido, que é o único com paridade de gênero na Câmara dos Deputados, apresenta várias candidaturas de mulheres, pessoas negras, LGBTI+, indígenas, quilombolas. Enquanto votar em outros partidos causa sempre um receio, devido à possibilidade de se votar em alguém com um perfil e acabar elegendo candidatos completamente dissociados da bandeira política defendida, no PSOL é possível votar com a consciência tranquila, já que o grupo de postulantes às cadeiras é aliado em suas pautas. Quando um sobe, geral vai junto!

O convite que fica é: conheça as candidaturas do PSOL à vereança nas cidades brasileiras! E, para o executivo municipal, aperte o 50 e vem com Áurea Carolina, em Belo Horizonte, Renata Souza, no Rio de Janeiro, Guilherme Boulos e Luiza Erundina, em São Paulo, Fernanda Melchionna, em Porto Alegre, Renato Roseno, em Fortaleza, Hilton Coelho, em Salvador, Edmilson Rodrigues, em Belém. A lista completa de candidatos nas 26 capitais se encontra em: https://psol50.org.br/conheca-as-candidaturas-do-psol-a-prefeitura-nas-26-capitais-brasileiras-vamos-semear-esperanca/.


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Pedro Micussi