O Panamá não se rende! Chega de repressão em Bocas del Toro!
O governo Mulino desencadeou uma repressão brutal contra as comunidades indígenas e os trabalhadores na província de Bocas Del Toro
O governo autocrático, repressivo e capitulador de JOSÉ RAÚL MULINO desencadeou uma repressão brutal contra as comunidades indígenas e as fazendas dos trabalhadores em Changuinola, com o único objetivo de derrotar e quebrar a disposição de luta e resistência desses lutadores. Para levar a cabo sua tarefa insana, o governo antipopular de Mulino tem se valido de todo tipo de infâmias e falsidades com a clara intenção de desacreditar aqueles que estão lutando.
As ações perversas de Mulino vão desde o engano, como de fato ocorreu com a prisão do líder sindical Francisco Smith, depois que ele havia sido convidado à capital para negociar com o governo um acordo para encerrar a greve em Changuinola. A outra grande infâmia foi a organização de grupos paramilitares que, usando máscaras, vandalizaram uma série de estabelecimentos comerciais e escritórios públicos, para depois responsabilizar aqueles que estão lutando.
A repressão desencadeada por meio de prisões arbitrárias, espancamentos aos manifestantes, ferimentos na cabeça, balas de borracha, uso de gás pimenta, prisão de mulheres, suspensão do serviço de internet e do WhatsApp e, finalmente, a declaração do estado de emergência em Bocas del Toro, são mais uma demonstração das medidas ultra-repressivas e desesperadas de Mulino para tentar controlar a situação em Bocas, mas sem conseguir. Diante dos últimos acontecimentos ocorridos em Changuinola, consideramos necessária a constituição de uma Frente Única Nacional de Luta, com um órgão que coordene e promova as ações de caráter nacional pertinentes para deter este infame atropelo da população. As ações podem ir desde a promoção da denúncia a nível nacional e internacional da repressão das comunidades indígenas e das prisões injustas de líderes sindicais, através da criminalização da luta social, até ações coordenadas a nível nacional que, por seus efeitos práticos, consigam deter o ataque brutal do governo.
A Frente Única Nacional de Luta deve incluir todos os setores em luta, coordenar todas as lutas a nível nacional, educadores, trabalhadores organizados, comunidades indígenas, estudantes, ambientalistas, jovens, funcionários públicos.
Sem lutas não há vitórias.
Onde está o povo? O povo está nas ruas construindo a unidade.
Panamá, 22 de junho de 2025.