Luana Alves cobra da prefeitura de SP a convocação de concursados da saúde
Necessidade de ampliar o quadro de servidores é evidenciado por casos de superlotação devido a dengue
Foto: Edson Hatakeyama/PMSP
A cidade de São Paulo vive uma grave crise na saúde em função da dengue. São mais de 25 mil casos registrados e o número de mortes está chegando a 20. A situação está levando dois dos maiores hospitais públicos municipais da Zona Leste de São Paulo ao colapso.
Os hospitais do Tatuapé e Carmen Prudente, em Cidade Tiradentes, enfrentam superlotação, além de problemas de infraestrutura como elevadores interditados, falta de medicamentos e material de apoio para pacientes e acompanhantes. Uma equipe da TV Globo esteve no Hospital do Tatuapé e colheu relatos de que as famílias têm comprado materiais e medicamentos para tratar os pacientes.
A situação causa sobrecarga nos profissionais da saúde, que se desdobram para dar conta da demanda, apesar das condições degradantes. A situação poderia ser amenizada caso os mais de 4 mil trabalhadores aprovados no último concurso municipal, realizado em 2017, fossem convocados.
“É indignante! Nunes é responsável por esta situação e tem sangue nas mãos”, afirma a vereadora Luana Alves (PSOL).” Mesmo nessa situação e com a prefeitura com caixa bilionário, o prefeito Ricardo Nunes se recusa a convocar os milhares de aprovados do último concurso da saúde, lá de 2017, que foi prorrogado duas vezes. São milhares de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, que poderiam estar trabalhando nesse momento de emergência em saúde”, acrescentou.
A parlamentar anunciou ontem que seu mandato vai oficiar a Secretaria Municipal de Saúde cobrando “esclarecimentos e providências urgentes”. Além disso, convocou os paulistanos a subscrever um abaixo-assinado pela convocação imediata dos trabalhadores da saúde.
UPA fechada
A vereadora também denunciou que a UPA do Rio Pequeno, pronta há três meses, permanece fechada. O motivo, segundo Luana, seria a demora da Enel, concessionária de energia, em fazer as adequações necessárias na rede elétrica que abastece o prédio.
“Essa UPA é fruto da luta de muitos anos da população do Rio Pequeno, que não tem acesso a pronto-socorros, só o PS Bandeirantes, que está totalmente sobrecarregado. São Paulo está vivendo um estado de emergência em saúde por conta da epidemia de dengue, e as UBSs, na verdade, já estão virando pronto-socorros”, afirma.
Ao G1, a secretária-executiva de Atenção Hospitalar da Secretaria de Saúde de São Paulo, Marilande Marcolin, disse que o Hospital do Tatuapé será reformado para a ampliar o número de leitos. Também anunciou a construção de uma UPA em frente ao hospital de Cidade Tiradentes para aliviar a demanda da unidade.