A greve dos servidores em Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto, importante cidade do interior paulista, os servidores municipais enfrentam em greve o governo do PSDB.

Caio Cristiano e Estevan Campos 13 abr 2018, 15:51

Na última terça-feira (10/04) teve início a greve das servidoras e servidores municipais de Ribeirão Preto. A greve foi deflagrada após o governo apresentar proposta de reajuste de 1,81%, ante a reivindicação de 10,8%. Além do índice de reajuste, estão diversas pautas específicas. A adesão em todas as secretarias tem crescido desde então.

Governo Nogueira (PSDB) aposta na judicialização e ameaças para desmobilizar

Mesmo antes de a greve ter início, o governo de Duarte Nogueira (PSDB) já havia conseguido liminar na justiça que obrigava que os servidores mantivessem 100% de atendimento no Daerp (Departamento de Águas e Esgoto). Nos dias seguintes, novas liminares, exigindo também 100% de atendimento na Saúde e Educação.

Mesmo com as liminares já expedidas a greve seguiu crescendo, chegando nesta quinta a mais de 70% de adesão, segundo o sindicato. Nesta quinta, diante do crescimento da greve, o governo recebeu a comissão de negociação, apresentou contra proposta de 2,06%, e aumentou o tom da ameaça com as liminares.

Nesta quinta, com mais de 800 servidores reunidos em frente à prefeitura, a assembleia rejeitou a proposta e foi além, aprovou descumprir as liminares, mesmo sob pena de multa para o sindicato.

Aumentar a mobilização! Grevistas que devem decidir os rumos da greve!

Na assembleia de hoje, foi nítido que a diretoria do sindicato jogou para confundir a base. Circulando informalmente notícias de que servidoras e servidores poderiam ser punidos caso seguissem em greve.

Diante dessa situação, cabe aos servidores e servidoras tomar a greve em suas mãos. Devemos exigir que nas assembleias seja garantido mais do que o espaço para debater as propostas do governo. A base da categoria deve ter na assembleia, um espaço que organize a mobilização. É preciso intensificar as ações de rua, com mobilizações e protestos, para assim pressionar o governo a negociar. Além disso, precisamos de espaços, mídias, materiais que abram as informações para a categoria, como, por exemplo, de que nenhum servidor pode ser punido individualmente por seguir em greve.

Em relação ao governo, é preciso dar o recado: ameaças não resolverão a greve, somente com uma proposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores é possível encerrar o movimento.

É hora de aumentar a mobilização e radicalizar as ações.

Não tem arrego! É greve até a vitória!


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