Contra o golpe judicial em Porto Rico
A perseguição jurídica contra o Movimento Vitória Cidadã representa um grande absurdo antidemocrático na colônia norte-americana
O Movimento Vitória Cidadã, perseguido pelo judiciário porto-riquenho, é um partido de esquerda que ameaça as organizações políticas tradicionais nas próximas eleições do país. Conheça mais aqui.
Que o povo decida nas urnas!
Na última quinta-feira, 21 de março, um tribunal de Porto Rico desqualificou cinco candidaturas nacionais do Movimento Vitória Cidadã, todas aspirando a cargos importantes no governo e no legislativo. Dessas candidaturas, três são atuais titulares na legislatura de Porto Rico. Todas já haviam sido certificadas pela Comissão Eleitoral Estadual do país.
A medida faz parte de uma estratégia geral para inviabilizar a Alianza País, uma união de forças eleitorais progressistas que ameaçou o domínio dos partidos neoliberais que governaram nas últimas seis décadas, o Partido Popular Democrático e o Partido Novo Progressista.
A descertificação não é o primeiro golpe, mas o mais recente e contundente em um processo que incluiu a imposição de um novo Código Eleitoral, a ilegalização de alianças eleitorais e um processo de lawfare contra um dos titulares do movimento.
Aqueles de nós que assinam esta declaração se opõem a esse golpe judicial que ataca os processos democráticos em Porto Rico e faz parte das agressões contra os processos democráticos na região por forças conservadoras. Quem decide quem representa o povo porto-riquenho não é a Corte, mas o próprio povo. Portanto, nós nos unimos à demanda “Que o povo decida nas urnas” e exigimos que a descertificação desses cinco candidatos seja revogada.