Se não for preso, Bolsonaro pode fugir
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Se não for preso, Bolsonaro pode fugir

Imagens divulgadas pelo NYT revelam que ex-presidente passou dois dias na Embaixada da Hungria após operação da PF que confiscou seu passaporte

Tatiana Py Dutra 25 mar 2024, 16:34

Foto: Alan Passos/PR

Intenção de fuga, destruição de provas ou coação de testemunhas são as principais motivações para prisões cautelares no Brasil. E, aparentemente, Jair Bolsonaro está tentando completar esse bingo. Imagens divulgadas hoje pelo jornal The New York Times revelam que dias depois de ter o passaporte confiscado pela Polícia Federal (PF), o inelegível se hospedou na Embaixada da Hungria por dois dias. Tal gesto indicaria a intenção de pedir asilo ao país dirigido pelo ultradireitista Viktor Orban, ou mesmo de evitar a prisão, uma vez que a embaixada, grosso modo, é território estrangeiro. 

A operação da PF ocorreu em 8 de fevereiro, e resultou na prisão de dois ex-assessores de Bolsonaro por participação no plano de dar um golpe de Estado para mantê-lo no poder. Dia 12, o ex-presidente foi para a embaixada húngara, em Brasília, onde esteve acompanhado de seguranças, do próprio embaixador, Miklos Tamás Hamal, e da equipe diplomática. Segundo a apuração feita pelo NYT, Bolsonaro só deixou o lugar na tarde de quarta-feira, 14. 

Um membro da equipe diplomática confirmou a informação sobre sua estadia por lá, o que os advogados do ex-presidente justificaram como “manter contatos com autoridades do país amigo”. Para Bolsonaro, a Hungria é uma ditadura amiga. O brasileiro chamou Orbán de “irmão” durante uma visita ao país em 2022. Em dezembro passado, na posse de Javier Milei em Buenos Aires, Orbán chamou Bolsonaro de “herói”. Além disso, saiu em defesa do inelegível nas redes sociais, incentivando-o a “continuar lutando”.

Prisão iminente?

Colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo consultou criminalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de prender Bolsonaro com base em uma possível tentativa de se livrar de responsabilização por seus crimes. 

Os criminalistas ressaltaram que o não cumprimento de sentença pode justificar o pedido de prisão preventiva. Já os ministros se mostraram cautelosos com a ideia de prisão em função da repercussão que poderia gerar, e mesmo de alguma desculpa plausível que a defesa possa apresentar que enfraqueça a acusação. Os magistrados, porém, aventaram a possibilidade do uso de tornozeleira eletrônica. A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes.


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