100 dias de Greve: quais as conquistas?
A greve da educação federal completa 100 dias de resistência das categorias de trabalhadores
Foto: FASUBRA
Esta terça-feira (18), completamos 100 dias de greve nacional que se iniciou em 11/03/2024. Durante esse período, a categoria dos TAEs (Técnico-Administrativos em Educação) lutou com muita energia e resistiu bravamente para obter conquistas no governo Lula/Alckmin, pois não aguentava mais ir para o sétimo ano seguido sem qualquer tipo de reajuste salarial, benefícios e/ou aprimoramento da nossa carreira.
Durante a Greve, os TAEs fizeram caravanas à Brasília (DF), piquetes, ocupações, atos de rua e diversos outros esforços, objetivando forçar o governo a instalar de fato, as mesas nacionais de negociações, depois de um ano de constantes embromações na discussão da nossa pauta.
Nossa greve nacional tem sido fortíssima, algo que há mais de uma década não se via, e tem sido isso que forçou o governo a apresentar propostas crescentes por três oportunidades, mesmo sendo essas ainda distantes da demanda original da categoria representada pela Fasubra Sindical e pelo SINASEFE.
Apesar do governo Lula/Alckmin demonstrar que a educação federal não é prioridade, a força da greve tem conseguido arrancar conquistas como a Reestruturação da Carreira para 19 padrões, Verticalização com a Matriz Única, Redução dos Interstícios de 18 para 12 meses, o Reconhecimento de Saberes e Competências que será implantado a partir de abril de 2026, cuja regulamentação será definida a partir de GT coordenado pelo MEC, com prazo de até 180 dias, Incentivo à Qualificação (IQ) com correlação direta, ampliação dos percentuais dos níveis de classificação, tendo como referência o nível E, a Recomposição Salarial com 9% em janeiro de 2025; 5% em abril de 2026; elevação dos steps de 3,9% para 4,0% em janeiro de 2025 e de 4,0% para 4,1% em abril de 2026. Óbvio que, quando se trata dos índices de recomposição salarial, ampliação dos Steps e os percentuais de correlação, continuam muito aquém das necessidades da categoria. No entanto, não existe qualquer dúvida que chegamos até aqui porque a categoria tem lutado muito bravamente.
No entanto, o reposicionamento dos aposentados e a reabertura do prazo de adesão ao PCCTAE ainda não tem garantia de implantação, como também a normatização da “hora ficta” e terá que ser para todos que laboram em período noturno, não apenas para os servidores dos HU’s. Ainda precisamos garantir o plantão de 12×60, que é superimportante, e mais, não aceitaremos o pagamento dos dias paralisados, mas sim repor tão somente os trabalhos acumulados nesse período, onde houverem.
Nesse sentido, continuemos em greve e fortalecendo o movimento, pois pouco adiantará termos lutado tanto e conseguido conquistas importantes até agora se na homologação do acordo de greve não tivermos todas as garantias formais acima elencadas.
Não obstante, as reivindicações não alcançadas nesse período de greve, seguirão como pauta da categoria mesmo após o movimento paredista, especialmente no tocante aos aposentados que nada tiveram em termos de conquistas para 2024.
A luta não para e nem parará no pós-greve. A TLS seguirá atenta e cobrando do governo tudo aquilo que não conseguirmos até o fechamento do termo de acordo de final de greve.