205 palestinianos feridos em Jerusalém

Mais de 205 palestinianos foram feridos durante uma noite de fortes confrontos em Jerusalém, reforçando a espiral de violência crescente nos territórios ocupados.

Esquerda.net 9 maio 2021, 14:09

Dezenas de milhares de visitantes em oração juntaram-se esta sexta-feira na mesquita al-Aqsa, perante um forte dispositivo de política israelita. À noite, a polícia reagiu a protestos atirando granadas de fumo e bolas de borracha para a multidão. Vários confrontos foram despoletados em diferentes zonas de Jerusalém durante a noite. Este sábado estavam registados 205 feridos palestinianos e 17 polícias israelitas também feridos.

Não sendo claro o que despoletou os confrontos desta noite de sexta-feira, as crescentes tensões em Jerusalém espelham os repetidos incidentes entre israelitas e palestinianos um pouco por todo o território palestiniano ocupado por Israel.

Israel impôs fortes restrições à mobilidade em Jerusalém no mês do Ramadão, motivando queixas de opressão das forças israelitas sobre palestinianos. Uma decisão de um tribunal israelita para expulsão de dezenas de palestinianos das suas casas, para serem entregues a colonizadores judaicos, agravou as tensões em Jerusalém.

Em abril, grupos de extrema-direita israelita e a própria polícia israelita participou em confrontos com palestinianos, resultando em dezenas de feridos. A 2 de maio, um jovem israelita de 19 anos foi morto por um atacante palestiniano. A 5 de maio, tropas israelitas mataram um jovem palestiniano de 16 anos perto de Nablus. Na própria sexta-feira, 7 de maio, antes dos confrontos na mesquita, o exército israelita matou dois palestinianos que, alegadamente, terão disparado contra uma base israelita nos territórios ocupados.

A associação israelita de direitos humanos, B’Tselem, registou vários ataques de colonizadores israelitas contra palestinianos, incluindo atear fogo próximo da vila de Burin, a sul da Nablus.

Israel capturou a parte leste de Jerusalém em 1967, tendo mais tarde anexado o território. Sob a lei israelita, judeus que conseguem provar a propriedade pré-1948, podem reclamar a mesma. Nenhuma lei similar existe para palestinianos. Tanto a União Europeia como os Estados Unidos da América condenaram publicamente as expulsões, com os EUA a considerar que “as transferências forçadas” de palestinianos “poderão corresponder a crimes de guerra”.


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