Covardia contra missão humanitária: Israel ataca Flotilha da Liberdade
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Covardia contra missão humanitária: Israel ataca Flotilha da Liberdade

Ativistas de 44 países seguem firmes rumo à Palestina mesmo após ataques com drones em águas internacionais; Itália e Espanha enarão reforços

Redação da Revista Movimento 24 set 2025, 15:47

Foto: Global Sumud

A violência do Estado de Israel voltou a se impor sobre quem ousa desafiar seu bloqueio criminoso contra Gaza. Nesta terça-feira (23), a Flotilha Global Sumud, composta por cerca de 80 barcos de 44 países e com mais de 700 ativistas a bordo, foi atacada covardemente em águas internacionais próximas à Grécia.

De acordo com João Aguiar, coordenador da delegação brasileira, drones israelenses lançaram granadas de luz e cápsulas com líquidos irritantes contra sete embarcações, ferindo um tripulante. A ação incluiu ainda interferência nas comunicações, numa clara tentativa de silenciar a denúncia contra o genocídio em curso na Faixa de Gaza.

Entre os 15 brasileiros que participam da missão estão a vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSOL), a presidenta do PSOL do RS, Gabi Tolotti, o militante da Rede Emancipa de Educação Popular e do PSOL-RJ, Nicolas Calabrese, e o ativista Thiago Ávila, já detido em ação semelhante meses atrás. A presença da delegação nacional simboliza a solidariedade ativa de setores progressistas do Brasil com a resistência palestina e reforça que a luta por justiça não tem fronteiras.

Israel, em sua propaganda, tentou justificar o ataque, chamando a flotilha de “do Hamas” e acusando-a de servir ao movimento palestino, ignorando que a missão é essencialmente humanitária, com objetivo declarado de levar alimentos, medicamentos e denunciar o bloqueio marítimo que asfixia 2,3 milhões de palestinos em Gaza.

O contraste é brutal: de um lado, civis de diferentes nacionalidades arriscando a própria vida para romper o cerco e levar ajuda. Do outro, um Estado que responde a barcos de solidariedade com bombas, drones e intimidação. Como lembrou Aguiar, “não seremos calados”.

A missão já havia sofrido ataques semelhantes em setembro, na Tunísia, quando duas embarcações foram danificadas. Agora, mesmo sob agressão, a expectativa é que a flotilha chegue à Faixa de Gaza em até uma semana.

Na semana passada, o Itamaraty havia cobrado de Israel o respeito às normas do direito internacional e a garantia de segurança das embarcações. Até o momento, o governo Netanyahu ignora os apelos da comunidade internacional e segue aprofundando a escalada de violência contra quem ousa denunciar o genocídio.

A Flotilha da Liberdade é mais do que uma ação de solidariedade: é uma denúncia viva contra o regime de apartheid israelense e um ato de resistência frente ao silêncio cúmplice de potências ocidentais. Cada granada lançada contra os barcos não apaga, mas reforça a urgência de romper o cerco e defender o povo palestino.

Reforços

O governo da Itália anunciou nesta quarta-feira (24) o envio de uma fragata para garantir a segurança de seus cidadãos a bordo da Flotilha. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também anunciou que enviará um navio totalmente equipado “caso seja necessário auxiliar a flotilha” ou “realizar eventuais resgates”.

“O governo espanhol exige que o direito internacional seja cumprido e que o direito dos nossos cidadãos de navegar no Mediterrâneo em condições seguras seja respeitado”, afirmou Sánchez.


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