No Ceará, PSOL apresenta alternativa à velhas alianças

No Ceará, PSOL apresenta alternativa à velhas alianças

Esquerda ascende ante perspectiva de ruptura da aliança entre PT e PDT e ascenso do bolsonarismo.

Maraya Melo 19 jul 2022, 18:22

As últimas pesquisas eleitorais no Ceará, relativas à corrida ao Palácio da Abolição, mostraram uma alarmante disputa contra o fascismo. No momento da pesquisa, o PDT ainda não havia definido quem seria seu candidato ou candidata, mas em ambos os cenários apresentados na pesquisa, seja com a pedetista Izolda Cela. A atual governadora é nome defendido pelo PT para a reeleição, sendo responsável por garantir a manutenção da aliança entre PT e PDT no Ceará, por ser um nome que dialoga com a base petista.

A alternativa seria Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, nome defendido por Ciro Gomes (PDT) e que desagrada a base petista, por ser um dos ciristas de carteirinha – apareciam atrás do bolsonarista Capitão Wagner. Logo em seguida, a pré-candidatura do PSOL ao governo do Estado, com Adelita Monteiro pontuando em torno dos 3%.

Após intensos debates na base governista, PDT e PT, o que se desenha é a ruptura de uma aliança que vinha desde o governo de Cid Gomes (PDT), e que foi mantida durante os dois mandatos de Camilo Santana (PT), mas que vinha mostrando as fragilidades, inclusive com a última declaração de Ciro Gomes (PDT) de que não sabia se Camilo, candidato ao Senado, ainda seria um aliado seu. Ainda não se tem uma posição do PT, mas existem diversas especulações sobre uma aliança com Eunício Oliveira (MDB), que tem se movimentado nesse sentido desde que viu essa brecha para a ruptura da aliança entre PT e PDT, já tendo inclusive reunido com o Lula.

Para o principal nome da oligarquia dos Ferreira Gomes, o então candidato à Presidência, era uma necessidade garantir o nome de Roberto Cláudio como candidato, para mostrar que apesar do seu baixo desempenho nas pesquisas eleitorais em seu próprio Estado, da aliança firmada com o PT nas últimas corridas eleitorais ao Palácio da Abolição e, inclusive, o apoio de alguns setores de movimentos sociais ao nome de Izolda Cela, a última palavra seria a sua – e assim fez, tendo sido definido no diretório do PDT à candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao governo do Estado.

E é nesse cenário de ruptura de uma aliança entre PT e PDT e um ascenso do bolsonarista Capitão Wagner (União Brasil), que o PSOL Ceará tem a responsabilidade histórica de seguir, com muita coragem, apresentando uma alternativa que rompa com essa lógica de alianças pela manutenção do poder e responda à altura, nas urnas e ruas, as ameaças bolsonaristas, representadas pelo Capitão Wagner no Ceará.

É preciso que não tenhamos medo de construir uma campanha movimento, que não titubeia em apresentar o nome da nossa pré-candidata ao governo do Estado, Adelita Monteiro, como a porta-voz de um programa que pauta a defesa inegociável da vida das mulheres, da luta antirracista, ecossocialista e em defesa das LGBTQIA+. Que tenha coragem de pautar a taxação das grandes fortunas, e não se furte de debater sobre a necessidade de uma alternativa ao atual projeto, falido, de segurança pública no Ceará, e que se proponha a construir os caminhos das ruas para que Bolsonaro, Wagner e suas sanhas fascistas sejam jogadas de vez na lata de lixo da história.


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