Dois anos de guerra: declaração sobre a Ucrânia
4D04E37E-49FD-459D-AB0A-596735B8A953

Dois anos de guerra: declaração sobre a Ucrânia

Resolução adotada pelo Comitê Internacional da IV Internacional perante os dois anos do início da agressão russa

Foto: NPU – Creative Commons

Via IV Internacional

a) No contexto do aniversário da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, expressamos nosso apoio internacionalista global e sistemático ao direito da Ucrânia à autodeterminação, ao direito de resistir à ocupação e à opressão, conforme expresso por todos os povos, independentemente do opressor colonial.

b) Afirmamos nossa independência política do governo neoliberal de Zelensky. Portanto, buscamos desenvolver vínculos internacionalistas diretos de baixo para cima com a esquerda, as lutas feministas, LGBTQ+, sociais ou ambientais e as correntes de resistência popular para a construção de um país livre, democrático, pluralista e independente.

c) Continuamos, portanto, a apoiar as atuais demandas da esquerda política e sindical ucraniana:

  • o fim imediato dos bombardeios e a retirada das tropas russas da Ucrânia;
  • o aumento dos recursos para consolidar os serviços públicos e a proteção social, tão necessários no contexto da guerra e para o futuro independente da Ucrânia, e a resistência às tentativas contínuas do governo neoliberal da Ucrânia de usar a guerra como desculpa para desmantelá-los;
  • a necessidade de abolir todos os tipos de “ajuda” condicionados à privatização;
  • apoio à ajuda material e financeira que não aumente a dívida externa da Ucrânia, de acordo com nosso apoio à exigência de cancelamento da dívida existente;
  • uma orientação geral em favor do uso de fundos dedicados a ajudar a resistência e a reconstrução da Ucrânia para contribuir com a construção de um projeto europeu social e democrático, o que significa a redução das desigualdades e, consequentemente, a oposição à lógica do dumping fiscal e social e da “concorrência”.
  • o aumento dos salários ucranianos, das rendas individuais e sociais como resultado da produção industrial e agrícola ucraniana, em oposição à política atualmente dominante de tentar aumentar a “competitividade” ucraniana por meio da exportação, dos impostos e da redução de salários.

d) Apoiamos a resistência ucraniana armada e desarmada contra a invasão russa, o que também implica nossa solidariedade com todos os cidadãos da Federação Russa que rejeitam essa guerra e são reprimidos por causa de sua luta democrática.

e) Nós nos opomos à lógica da potência Grão Russa e à dominação sobre os países vizinhos. A vitória do povo ucraniano livre e democrático favorece organicamente o surgimento de uma Federação Russa e uma União dos povos da Europa pluralista, pacífica e democrática.

A agressão e as ameaças russas contra seus vizinhos geram mais apoio à OTAN nesses países. Portanto, derrotar a agressão russa facilitaria a luta contra a OTAN. Nós nos opomos ao uso da invasão russa da Ucrânia como desculpa para aumentar os orçamentos militares. Sempre fomos e continuamos sendo contra qualquer lógica de blocos militares concorrentes ou zonas de influência. Lutamos pela dissolução dos blocos militares que estão a serviço do imperialismo, como a OTAN e a aliança CSTO liderada pela Rússia. Em nossa luta contra o imperialismo e pela autodeterminação de todos os povos, lutamos pela derrota do projeto de Putin.

Reafirmamos esse programa para o segundo aniversário da invasão russa na Ucrânia, ajudando a combinar nosso total apoio à resistência ucraniana contra a guerra e contra as políticas neoliberais, com a promoção de novos projetos progressistas europeus e internacionais com dimensões ecossocialistas e anticapitalistas.


TV Movimento

Palestina livre: A luta dos jovens nos EUA contra o sionismo e o genocídio

A mobilização dos estudantes nos Estados Unidos, com os acampamentos pró-Palestina em dezenas de universidades expôs ao mundo a força da luta contra o sionismo em seu principal apoiador a nível internacional. Para refletir sobre esse movimento, o Espaço Antifascista e a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco realizam uma live na terça-feira, dia 14 de maio, a partir das 19h

Roberto Robaina entrevista Flávio Tavares sobre os 60 anos do golpe de 1º de abril

Entrevista de Roberto Robaina com o jornalista Flávio Tavares, preso e torturado pela ditadura militar brasileira, para a edição mensal da Revista Movimento

PL do UBER: regulamenta ou destrói os direitos trabalhistas?

DEBATE | O governo Lula apresentou uma proposta de regulamentação do trabalho de motorista de aplicativo que apresenta grandes retrocessos trabalhistas. Para aprofundar o debate, convidamos o Profº Ricardo Antunes, o Profº Souto Maior e as vereadoras do PSOL, Luana Alves e Mariana Conti
Editorial
Israel Dutra e Roberto Robaina | 16 maio 2024

Tragédia no RS – Organizar as reivindicações do movimento de solidariedade

Para responder concretamente à crise, é necessário um amplo movimento que organize a luta pelas demandas urgentes do estado
Tragédia no RS – Organizar as reivindicações do movimento de solidariedade
Edição Mensal
Capa da última edição da Revista Movimento
Revista Movimento nº 49
Nova edição traz o dossiê “Trabalho em um Mundo em Transformação”
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Nova edição traz o dossiê “Trabalho em um Mundo em Transformação”