ARQUIVO: O Junho da nossa esperança

Em artigo escrito em 18 de junho de 2013, o dirigente analisava o impacto e os significados das manifestações que paravam o país.

Israel Dutra 22 jun 2018, 18:31

O dia 17 de Junho de 2013 entrou para a história do país. Naquele dia o levante popular e juvenil que tomou as ruas de centenas de cidades, grandes, médias e pequenas, em todos estados da federação e no Distrito Federal, ganhava sua forma definitiva. Foi inscrito um dos termos mais importantes para entender a sociedade brasileira desde então: Jornadas de Junho.

Ainda sinto o ambiente singular das ruas naquela segunda-feira. A esperança estava ao alcance das mãos. A repressão desmedida da semana anterior foi respondida com um ato que registrou centenas de milhares- não existe registro exato- mas não seria exagerado falar entre 300 e 400 mil pessoas que partiam do Largo da Batata na zona oeste da capital paulistana. O apoio da população foi enorme. A PM retirou seu efetivo das principais ruas da cidade. O povo marchou entusiasmado, desbordando a Marginal Pinheiros, a Avenida Paulista e quase 15 mil manifestantes ainda cercaram durante a madrugada o Palácio dos Bandeirantes.

Nas capitais de todo país, as marchas multitudinárias entenderam a sua tarefa: não poderiam deixar São Paulo sozinha. Cem mil, ao menos tomaram a Rio Branco no Rio de Janeiro; o Congresso nacional teve sua parta externa superior ocupada, talvez na mais bela das cenas das Jornadas, por uma multidão, furiosa e confiante que cantou o hino nacional. Dezenas de milhares em Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Belém, Natal, Belo Horizonte e o país. Espontâneas, as marchas ainda não tiveram uma centralização clara, com objetivos de tomada de prédios públicos. A Rede Globo, preocupada com uma parcela da multidão que ainda estava nas cercanias de suas dependências em São Paulo, emitiu um comunicado tragicômico de que “sempre apoiou, desde o principio, as manifestações dos jovens”.

Barricadas foram feitas por toda a cidade. O extraordinário e cotidiano se fundiram numa coisa só naquela longa noite.

Jamais esquecerei as horas vividas naquele dia de outono.

O Junho da nossa esperança

Apesar de a imprensa tentar desacreditar o conjunto das manifestações, o 17 de junho consagrou o mês que mudaria para sempre a história do país. Como pensar aquele Junho? Como a aparente estabilidade do modelo político e econômico se desfez no ar? Quem foram os atores daquelas impensáveis jornadas? Qual o saldo?

Responder a essas questões não é uma tarefa qualquer. Até hoje, a historiografia e a opinião pública é controversa quando aos acontecimentos de Junho.

Vários fatores concorreram para que durante a noite do 17, transbordasse a indignação popular numa maré inevitável de mobilizações.

O Brasil vivia o fim de um período de euforia. A copa das confederações era o símbolo dessa etapa, como uma amostra dos mega-eventos que viriam pela frente: Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Contrariando a idéia de que o futebol representa apenas um anestésico na consciência social, as manifestações contra o aumento abusivo da tarifa do transporte público irromperam em paralelo com a Copa das confederações; daí também o que muitos chamaram de “Copa das manifestações”. A música que viralizou, nas ruas e nas redes, uma espécie de “hino” das Jornadas, “Vem pra Rua”,ganhou novo significado, a partir de uma canção que foi preparada para fins comercias durante a Copa. A ideia de que a cúpula da FIFA e da CBF, dois anos mais tarde, terminaria atrás das grades, era uma utopia impraticável à época.

A vitória de Porto Alegre contra o aumento, em Abril, motivou a vanguarda , oferecendo a conquista como um horizonte possível. As primeiras manifestações, convocadas pelo MPL junto com setores de esquerda, como Juntos, Anel, PSOL , PSTU, sindicato dos metroviários, na cidade de São Paulo tiveram lugar nos primeiros dias de Junho.

Três contradições estruturais foram decisivas para que a campanha contra o aumento das tarifas resultasse no maior movimento de massas nacional desde os comícios por diretas já.

As três contradições: esgotamento de modelo, a onda mundial da indignação e o problema estrutural do transporte urbano.

Sintomas da irrupção

Ao contrário do que afirmavam analistas e ideólogos do governo, antes mesmo de Junhos, a sociedade encontrava fricções e ruídos em seus subterrâneos. Como “sintomas” de esgotamento do modelo lulista, continuado por Dilma, greves importantes desbordaram as direções tradicionais e indicavam um vetor de radicalização. Após experimentar anos de crescimento econômico, aproveitando a boa onda da economia mundial, abusando das exportações e dos investimentos, o governo do PT pagaria caro por não alterar nenhum pilar das contradições estruturais do país.

Ainda no mês de maio, dirigentes e intelectuais vinculados com o PT, prepararam uma série de eventos para discutir o sucesso dos “10 anos de governo do PT”. A pujança baseada em exportações da produção primária, com parcerias comerciais incrementadas com a China e a Ásia, a concessão da exploração do pré-sal para conglomerados petroleiros internacionais, a realização de mega-eventos e de grandes obras financiadas pelo BNDES. O Brasil de Lula, de Eike. O Brasil da farra das empreiteiras. O PT gabava-se da sua aliança com os setores “dinâmicos” da burguesia, onde o Rio de Janeiro era o ponto de unidade, com Paes e Cabral representando a cara política desse período. São Paulo experimentava as primeiras medidas de Haddad, incensado como o “novo” na gestão da capital paulista.

E foi nas obras do PAC que assistimos aos primeiros sintomas da quebra desse modelo. Greves selvagens que começavam no longínquo norte, nas obras das usinas de Jirau e Santo Antonio, com dezenas de milhares de trabalhadores da construção civil paralisando os canteiros, pedindo melhores salários e condições de trabalho. As manifestações, consideradas “selvagens” por muitos dirigentes sindicais oficialistas, alertavam para o que viria.

O segundo grande sintoma foi o que deu inicio a um dos pólos avançados da luta social, a greve dos bombeiros do Rio de Janeiro. Também em junho, mas desta vez no de 2011, a categoria dos bombeiros rompeu a hierarquia militar, se chocou contra os governantes e a mídia e protagonizou um espetáculo de combatividade. No domingo, 13 de junho de 2011, a cidade do Rio de Janeiro se pintou de vermelho, numa marcha que levou cem mil pessoas à Copacabana, despertando a simpatia popular que utiliza faixas e fitas vermelhas nas janelas de suas casas e nos carros.

O ano de 2012 registrou uma retomada de greves por categoria, apenas similar à curva dos anos oitenta. Forte greves nas universidades, a campanha eleitoral do PSOL em várias cidades importantes, especialmente com Freixo no Rio de Janeiro já indicou um novo ambiente.

A irrupção de 2013 estava sendo gestada.

Tahrir, Gezi, Largo da Batata

A mobiização dos jovens brasileiros deve ser contextualizada na vaga de mobilizações juvenis que percorre o mundo desde 2011. A heróica luta dos jovens arabes, oriundos de uma geração que “Nem estuda, nem trabalha” serviu como exemplo para o mundo. As novas tecnologias, faceebook, twitter, celulares com capacidade de registro e transmissão rápida de dados, foram apropriadas pelos ativistas para dar face às novas rebeliões populares. A trasmissão em tempo real das cenas da Praça Tahrir no Cairo, Egito, foram acompanhadas em todos os continentes. A luta pelo controle democrático das praças se transformou num método compartilhado entre os jovens do mundo. Era seguro que novas Tahrir se multiplicassem.

Os indignados espanhois, que lotaram as praças a partir da Praça Puerta del Sol em Madrid, deram seguimento para essa disputa. A lugar do urbano, da nova rebeldia abria portas para as tarefas democráticas e para a crítica as estruturas verticais de poder. Tempo de luta por “democracia real”. Os novos movimentos como “Ocuppy Wall Street” e as a rebelião de Quebec, entre tantos, atuavam para renovar e validar a “batalha das praças”.

No começo de Junho, o regime de Erdogan na Turquia busca impor medidas mais severas contra os jovens. Os governos locais propoe fechar o Parque Gezi, ponto de encontro tradicional da juventude, para transformá-lo em Shopping, despertando a ira da juventude turca, que inaugura seu “Junho”.

Castells, estudioso desses fenômenos, organizado no livro “Redes de indignação e esperança”, na terça-feira, 11 de Junho, em palestra em São Paulo, afirmava que o Brasil também tinha seus indignados. Sentia o cheiro da pradaria seca das primeiras manifestações.

Na marcha do 17 se escutava em pequenos grupos espontâneos: “Não é a Turquia, não é a Grécia: É o Brasil saindo da inércia”.

A luta contra o aumento dos transportes incendiou o Brasil

O século XX foi marcado por pequenas rebeliões contra a qualidade e o preço do transporte em todo país. E durante os anos de Lula, um movimento retomado de lutas pelo transporte foi aumentando em importância, proporcional à piora das condições do transporte urbano, rodoviário, ferroviário e multimodal dos grandes centros.

A primeira “Revolta do Buzu” dessa geração foi em Salvador, em 2003, primeiro ano de Lula no poder. Em 2004 e 2005, Florianópolis explodiu duas vezes, entrando em cena pela primeira vez, a versão inicial do MPL- Movimento Passe-Livre.

Cidades como Guaíba(RS), Vitória(ES), Recife(PE) viveram dias de tumulto e enfrentamento contra os aumentos da tarifa. Vários setores organizaram comitês e frentes de luta contra o aumento. O empresariado do setor de transporte e os governos, agindo de forma lógica, procuraram concentrar o anúncio e votação dos aumentos tarifários nos meses de férias letivas. O esvaziamento das escolas e faculdades ajudavam para que as ações ficassem reduzidas a um número menor de participantes mais ativos.

No ano de 2013, porém, por conta de cálculos para segurar a inflação, o governo nacional fez um acordo com as prefeituras para que o aumento pudesse ser transferido para o meio do ano. Tal “manobra” foi fatal para que a juventude aproveitasse o período escolar para lutar com mais força contra os aumentos.

A capital pioneira foi Porto Alegre, que já tinha experimentado a composição de uma unidade entre os trabalhadores rodoviários e a vanguarda juvenil meses antes do anúncio do aumento. A vitória das ruas de Porto Alegre determinou uma transição na stituação. Vale citar Roberto Robaina:

“Hoje, como estava previsto, a manifestação contra o aumento das passagens foi fortíssima. A chuva foi tremenda, mas o ânimo foi maior. Eram cerca de 5 mil entusiastas que cantavam e protestavam em frente à prefeitura. Se a chuva não fosse tão forte a manifestação teria provavelmente entre dez mil e 15 mil pessoas. Mas de verdade o tempo não conseguiu impedir a capacidade do protesto de alterar a normalidade que a classe dominante deseja, isto é, de situações políticas dominadas pelos políticos tradicionais, a mídia e os empresários. Hoje as ruas falaram mais alto.

A decisão da justiça de acatar a cautelar da bancada do PSOL, do Ruas e da Fernanda, nossos vereadores, foi anunciada no início do protesto. A festa foi total. A tarifa, desde hoje, deve baixar novamente para 2,85. Quem pegar ônibus pagando em dinheiro já paga o novo preço sem o aumento. A explicação da vitória deve ser buscada numa combinação de elementos. O mais importante, o determinante, sem dúvida, foi a força dos protestos. O governo anunciou que não vai recorrer. Seu cálculo tem lógica. Qualquer analista minimamente sério percebe que o processo de lutas iria seguir com mais força ainda. O governo, se confirmar sua decisão de não recorrer, estará refletindo seu temor acerca do crescimento do movimento.”

[Roberto Robaina, Em Porto Alegre, Vitória das ruas, 4 de Abril de 2013]

Porto Alegre mostrou o caminho. No final de Maio, os estudantes de Goiania, por fora das direções tradicionais, mobilizaram-se por uma semana contra o aumento da tarifa. Foram cenas de batalha campal, invasão da Polícia no campus da universidade, muitos presos e feridos. O congresso da UNE, que estava sendo realizado na capital goiana nesses dias, serviu como ponto de contágio entre a vanguarda de todos estados e os acontecimentos vivos da cidade.

Depois de Porto Alegre, Goiânia.
No dia 5 de Junho de 2013, 7 mil manifestantes saíram em direção ao centro de São Paulo. Façamos como Porto Alegre, uma das faixas de abertura do ato.

13 de Junho, a repressão: a maré estava virando

Depois do ato do dia 5, o MPL convocou nova manifestação para o dia seguinte. A ideia era fazer jus ao chamado: “Amanhã será maior”.

Dia 6, a Marginal Pinheiros foi paralisada pelo movimento. Na semana seguinte, dois atos. O primeiro na terça-feira, dia 11 de Junho. Um ato marcado pela violência policial, onde o tumulto se transformou numa luta em cada rua do centro, a partir da repressão em frente ao Terminal Dom Pedro, próximo à Praça da Sé. A imprensa registrou as imagens e partiu para a sua habitual campanha contra os “vândalos”. Arnaldo Jabor afirmou que os manifestantes não valiam nem vinte centavos.

Haddad e Alckmin estavam naquele momento juntos em Paris, tentando fazer com que São Paulo sediasse a próxima Expo 2020. A próxima manifestação seria no dia 13, quinta-feira.

Os jornais da burguesia paulistana, Folha e Estadão, amanhaceram numa linha clara. Seus editorais pediam “Basta” e orientavam “retomar a Paulista”.
A manifestação foi pacífica e muito bem organizada. O que deixou o comando da Polícia confuso. Esperavam mais radicalidade e não as flores e os gritos de “Sem violência”. Quando a manifestação subia a Consolação, à altura da Rua Maria Antonia [outra coincidência da história] a operação militar de desmanche do ato se transformou numa barbárie transmitida ao vivo. A enquete do programa de José Luiz Datena, horas antes, já mostrava o quanto era majoritário o apoio ao movimento. A maré terminava de virar.

Registro aqui um pequeno comentário que fiz nas redes

“A mudança no tom da burguesia, através de suas principais ferramentas de comunicação, é o sinal claro do avanço que o movimento conquistou no 13 de junho. A pesquisa que mostra 55% da população paulistana apoiando, junto a enquete no popular programa de Datena são sintomas que confirmam esta visão. O movimento atravessou seu momento mais delicado e pode crescer muito agora.
Haddad se mostrou disposto a “não tolerar protestos”. Alckmin ameaçou utilizar toda a força repressiva. José Eduardo Cardozo foi solicito para dizer que faria todos esforços para evitar manifestações. Quiseram impor um clima de medo. Anunciaram que prenderiam as lideranças, com ajuda da PF. O maior operativo policial contra movimentos sociais nos últimos dez anos foi montado para inibir a passeata. Foi orientado aos comércios fecharem suas portas. Eles queriam, como pedia o Estadão, dar um “basta” aos protestos. Esmagá-los.
Porém, dois aspectos foram fundamentais para a vitória- parcial, mas decisiva, de ontem. O ato foi pacífico e massivo. Uma boa comissão de segurança, uma linha firme da direção do ato, a presença de lideranças da sociedade como Plinio de Arruda, Giannazi, Toninho Véspoli, Valério Arcary, a distribuição de flores delimitou o caráter. Quando infiltrados tentavam provocar a com a polícia, manifestantes denunciaram e cantaram “Sem violência”. A opção por ganhar a população contra a sórdida campanha sobre “vandalismo” que a mídia tentou fazer foi o grande acerto deste ato amplo. Os 15 mil do Teatro Municipal entenderam sua tarefa e dobraram a espinha daqueles que queriam nos esmagar.
O segundo fator é que existe um movimento nacional, embrionário, mas que se fez ouvir. 10 mil no Rio de Janeiro, de 3 a 4 mil pessoas em Porto Alegre, centenas em Maceió, combinado com atos menores em várias capitais e cidades médias. São Paulo não estava sozinha. Existe uma ampla vanguarda juvenil no Brasil que está indo para as ruas buscar saídas e aprender a resolver coletivamente seus dilemas, sem medo.E ela tem sido legitimada pela maioria “silenciosa” de trabalhadores que já não aguenta a péssima qualidade dos serviços no Brasil e o aumento indisfarçável do custo de vida.
A maré virou. Sete jornalistas presos.Fotos das barbárie da polícia. Cerca de 235 presos- uma das maiores já vistas na sociedade brasileira. A repercussão nas redes sociais. A definição anterior do Ministério Público. Agora quem está na defensiva é o governo. O medo mudou de lado. A intransigência ficou para o lado de lá. É possível avançar e vencer. Se colocou na agenda do movimento esta possibilidade.
O próximo ato será o grande round desta luta. Está sendo convocado para segunda-feira, dia 17. Para dar o caráter nacional da luta devemos ampliar a pauta política e democrática.

(…)
A luta de São Paulo é a luta de todo o país. Uma vitória aqui teria um efeito de demonstração sem precedentes. As mobilizações não podem ser controladas pelos aparatos tradicionais, outra novidade interessante da onda de protesto que marca a conjuntura.
Um movimento onde a ampla maioria de ativistas é independente, porém tem claro o papel do PT e de seus agentes.
Vale ressaltar o papel do PSOL e do PSTU. A unidade entre setores combativos e consequentes só amplia a capacidade de vitória do movimento de massas.
(…)
Nossa tarefa é simples e imensa: vencer”

A repressão gerou o elemento que faltava para a vitória de Junho. A solidariedade contra a terrível ação policial se espalhou pelo país e pela cidade. Dia 17 seria maior.

17 de Junho: quando o impossível foi inevitável

A noite do dia 17 caiu lenta no Largo da Batata. Apesar da tentativa de Folha de burlar os números, quem estava ali se impactou. A Folha divulgou um dado do meio da tarde, duas horas antes do inicio da marcha, de que teriam cerca de 67 mil manifestantes. A pequena errata publicada dois dias depois não evitou uma das maiores fraudes jornalísticas do regime democrático.

A marcha tomou todas as vias da Faria Lima. Era em apoio aos jovens, contra o aumento de vinte centavos e sobretudo, contra a repressão da PM paulista.
As notícias que chegavam do país, desencontradas, apenas enchiam de orgulho e esperança os que marchavam naquela noite. A tomada simbólica do cartão-postal de São Paulo, a Ponte Estaiada foi o cume daquela jornada. Nada seria como antes.

A manifestação logrou reverter o aumento, o anúncio foi feito pelo prefeito e o governador, dias depois do 17. Esse gesto se repetiu em centenas de cidades, onde os governantes optaram por revogar os aumentos.

A situação ficou mais tensa e controversa, depois do dia 20, quando setores reacionários hostilizaram militantes de esquerda, insuflados pelo sentimento antipartido da ampla massa.
O dia 17 de Junho de 2013 mudou a situação política do país. Destruiu as travas da luta social, dando lugar a ondas de ocupações urbanas por moradias, centenas de coletivos de midiativismo e ajudando para abrir um novo ciclo de greves no país. Dados ainda não finalizados indicam que 2013 teve mais de 2000 greves, superando o recorde histórico de 1989, auge do ascenso operário.

A campanha de Luciana Genro para presidente, de forma minoritária, vocalizou também as demandas que foram levantadas pelos indignados de Junho.

Uma geração de novos ativistas estreava nas jornadas de Junho.

Também nós, alguns mais ou menos experientes, mais ou menos jovens, começávamos o primeiro dia do resto de nossas vidas. Novos Junhos nos esperam.

18 de junho de 2013

Artigo originalmente publicado no site do Movimento Esquerda Socialista.


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