Polícia de SP investiga ameaças contra vereadora Mariana Conti
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Polícia de SP investiga ameaças contra vereadora Mariana Conti

Pré-candidata à Alesp, parlamentar preside CPI Antifascista em Campinas.

Tatiana Py Dutra 15 ago 2022, 15:04

A vereadora Mariana Conti (PSOL) registrou boletim de ocorrência sobre as ameaças que vêm sofrendo desde que foi eleita presidenta da CPI Antifascista da Câmara de Vereadores de Campinas. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil de São Paulo na última quarta-feira.A parlamentar informou às autoridades que identificou, na véspera, um homem que atende por “Clodoaldo” dentro da Câmara. Segundo Mariana, é o mesmo homem que costuma fazer ameaças por telefone ao seu gabinete, desde o ano passado. Em novembro de 2021, a vereadora já havia prestado queixa contra o agressor.

De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor costuma exigir que Mariana não critique o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro, fazendo uma série de xingamentos. “O bicho vai pegar”, costuma dizer o agressor.Conforme o boletim de ocorrência, Mariana se sente “muito intimidada no seu ambiente de trabalho, constrangida para exercer seus atos parlamentares e teme pela sua integridade física”.

A Polícia Civil deve colher o depoimento do investigado nesta semana. O inquérito apura dois crimes: ameaça, cuja pena chega a seis meses de prisão, e perseguição, que pode chegar a três anos de cadeia.

As ameaças foram retomadas em maio, quando a Câmara Municipal de Campinas aprovou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar dois atentatos de caráter racista e nazifascista que assustaram a população da cidade. O primeiro foi uma pichação neonazista na Unicamp. O segundo, uma agressão a imigrantes africanos, que também contou com agressões físicas e tiros, perto da Moradia Estudantil da universidade.A chamada de CPI Antifascista, proposta e presidida por Mariana Conti, tenta encontrar relação entre os casos e apura a hipótese de serem ações organizadas por grupos de extrema direita.

“Existem pontos em comum: o ataque à esquerda, o anticomunismo, o ataque a grupos sociais como os da negritude, os LGBTQIA +, as mulheres. Na universidade, há um processo de popularização e diversificação da comunidade. Isso faz dela um alvo na medida em que se torna mais plural. O fato de a universidade ter movimento por cotas para pessoas trans diversifica seu ambiente e traz grupos sociais que são marginalizados para o protagonismo. Isso incomoda”, argumentou Mariana, em entrevista à Revista Movimento, em julho

.O surgimento e crescimento de grupos extremistas, segundo a parlamentar, são estimulados pelo discurso de ódio de Jair Bolsonaro e precisam ser investigados. A CPI cumpre o papel de ir às origens, investigando estruturas, membros e atuações – e isso estaria desagradando os mais fanatizados.“Ser uma mulher feminista e antifascista na política não é fácil, mas seguirei firme! Não abaixamos a cabeça para a extrema direita!”, promete Mariana.


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