Foto: Carlos Gandra/CLDF

O governo do Distrito Federal está sob pressão após o deputado distrital Fábio Felix (PSOL-DF) solicitar ao Ministério Público de Contas uma investigação sobre o aluguel, sem licitação, de um prédio particular por R$ 42 milhões. O imóvel pertence à Remmo Participações, empresa ligada ao deputado federal e ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), aliado político do governador Ibaneis Rocha (MDB).

A decisão levanta questionamentos sobre a necessidade e a transparência do contrato, especialmente porque, em 2021, o GDF investiu recursos na reforma do edifício público Vale do Rio Doce, que abrigava a Secretaria de Economia. Para Felix, a mudança pode indicar que a reforma foi mal feita ou que a realocação era desnecessária.

Embora o governo alegue que laudos do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil tenham recomendado a desocupação do prédio reformado, os alertas sobre a necessidade de adequações já existiam desde 2023. O deputado cobra explicações sobre quais providências foram tomadas antes de simplesmente optar por um aluguel milionário.

Outro ponto que agrava a situação é que o GDF não demonstrou ter avaliado alternativas mais econômicas, como outros imóveis públicos disponíveis, antes de priorizar o prédio da Remmo. A falta de um processo licitatório aumenta as suspeitas sobre favorecimento e a necessidade de uma apuração rigorosa.

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