O dia dos professores: nossos lutadores

Temos orgulho de compartilhar, com centenas de educadores socialistas, nos sindicatos e movimentos de educação popular como a Rede Emancipa, as lutas pela transformação do Brasil.

Israel Dutra e Thiago Aguiar 14 out 2019, 17:41

Dedicamos este editorial a uma das principais e mais combativas categorias de nosso país. Nesse dia 15 de outubro, celebramos o dia das professoras e professores: centenas de milhares de profissionais dedicados, que enfrentam duras condições para alcançar as localidades mais distantes do interior do Brasil e das periferias das grandes cidades.

Enfrentando jornadas extenuantes com baixíssimos salários e trabalhando também em casa, muitas vezes sem remuneração, para preparar aulas e corrigir provas e atividades, as professoras e professores são abnegados e verdadeiros heróis para o povo brasileiro, que estimulam nossas crianças e jovens a aprender, além de carregar, nas universidades, a responsabilidade de conduzir a pesquisa, a inovação e produzir ciência e tecnologia para nosso país.

Bolsonaro transforma os professores brasileiros em inimigos

Além de enfrentar seus desafios profissionais diários, o sucateamento do ensino público, a violência e os tiroteios no interior das escolas e nos bairros (como diariamente no Rio de Janeiro), a baixa remuneração e pouca valorização profissional, agora o professorado brasileiro precisa lidar com os ataques da extrema-direita, que quer transformar os educadores em inimigos públicos que pervertem as crianças ou em nababos privilegiados – “zebras gordas”, nas palavras do ministro Weintraub – que difundem ideologia nas universidades.

O governo Bolsonaro segue a tradição da extrema-direita e busca criar um inimigo interno necessário para a coesão de sua base: o professor. Atacados pela retórica obscurantista e reacionária de políticos e negociantes travestidos de religiosos, os professores sentem os efeitos da intimidação de projetos como “Escola sem partido”, o impulso à militarização de escolas, os cortes orçamentários nas universidades e no sistema de pós-graduação e pesquisa.

Como se não fosse o bastante, professores e estudantes precisam lidar com a intimidação de políticos em incursões nas escolas, como as recentemente promovidas pelos deputados Daniel Silveira e Rodrigo Amorim, do PSL, no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro – de onde foram, aliás, expulsos pelos estudantes.

A educação se levanta em todo o Brasil

Ao mesmo tempo, as professoras e professores, em conjunto com os estudantes e pesquisadores, têm sido a vanguarda das lutas contra o autoritarismo e os ataques neoliberais de Bolsonaro. Nas jornadas de luta de 15 e 30 de maio, um primeiro e potente recado foi dado.

Este é o momento de unificar a luta da educação para derrotar o modelo de privatização e obscurantismo liderado conduzido por Weintraub. De nossa parte, temos orgulho de compartilhar, com centenas de educadores socialistas, nos sindicatos e movimentos de educação popular como a Rede Emancipa, as lutas pela transformação do Brasil. Em seu exemplo diário de abnegação e compromisso com as novas gerações e com o futuro nos inspiramos para seguir.


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Autores

Camila Souza