Grande repercussão contra as prisões de Zé Rainha e Luciano
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Grande repercussão contra as prisões de Zé Rainha e Luciano

Diversas entidades e movimentos se manfestaram contra a prisão das lideranças camponesas da Frente Nacional de Luta.

Revista Movimento 7 mar 2023, 10:47

As prisões arbitrárias de Zé Rainha e Luciano de Lima representam hoje o último grande ataque contra lideranças sem terra brasileiras. Por trás das denúncias falsas existe grande motivação política com as prisões, como ficou explícito nas comemorações públicas do atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Capitã Derrite.

A vinculação de matéria no programa de TV Fantástico no último domingo também sinalizou a grande repercussão deste ataque aos movimentos de luta de pela terra, assim como o cerceamento do direito de defesa dos dirigentes da FNL.

Confira abaixo algumas das inúmeras declarações de entidades, movimentos e personalidades em solidariedade à Zé Rainha e Luciano.


NOTA DE SOLIDARIEDADE DA UNE

No sábado dia 4 de março, dois companheiros de luta pela reforma agrária no Brasil foram presos pela Polícia Civil de SP no Pontal do Paranapanema.

José Rainha e Luciano Lima, fazem parte da Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade, movimento que nas últimas semanas promoveu diversas ocupações e manifestações em defesa da moradia e da reforma agrária. Não é a primeira vez que Zé Rainha, liderança sem terra histórico do nosso país, é perseguido por organizar os debaixo por seus direitos.

A União Nacional dos Estudantes se posiciona pela liberdade desses companheiros e contra a criminalização dos movimentos sociais. Em um país onde tantos vivem com fome e poucos concentram tanta terra, é dever dos estudantes estar ao lado daqueles que lutam pela reforma agrária.

Lutar não é crime! Liberdade para Zé Rainha e Luciano!


NOTA DE SOLIDARIEDADE DA CONFETRAF

Confetraf Brasil presta toda solidariedade a Luta e Defesa de Zé Rainha e a FNL.

Em nome da CONFETRAF BRASIL, venho prestar toda nossa Solidariedade a Luta e Defesa de Ze Rainha e da FNL.

Esta é uma prisão política e injusta, que visa inibir a verdadeira luta pela Reforma Agrária e desmoralizar um dos nossos mais importantes e leais companheiro de Luta, Zé Rainha.

Gostaria de chamar todo os advogado dos sindicatos e federações do Sistema Confetraf Brasil para juntar força na defesa de Zé Rainha e contra as injustiças contra Agricultura Familiar.

Informo que já buscamos contato com Dr. Raul Marcelo e Dr. Rodrigo Chizolini que fazem a defesa direta de Zé Rainha, e nos colocamos disposição de colaborar no que fosse necessário.

Contamos com você, sua determinação e convicção para juntos rompermos com a crueldade e injustiças que querem impor aos que lutam e verdadeiramente defendem os Agricultores Familiares.

Vamos que Vamos – Liberdade e Vida para Zé Rainha!

Viva Agricultura Familiar Livre, Verdadeira e Autentica!

Viva Nossa Resistência Emancipatoria!

Bael Peixoto de Massapê

Presidente

Confetraf.br@gmail.com

88999096803/85989622373


NOTA DE SOLIDARIEDADE DA VEREADORA FERNANDA GARCIA

Nota de solidariedade à José Rainha e Luciano de Lima

Neste final de semana, a Polícia Civil de São Paulo prendeu os militantes pela reforma agrária, José Rainha e Luciano de Lima, da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL).

Ambos foram presos arbitrariamente, sem nenhuma intimação prévia ou acesso aos autos do processo por parte da defesa. A ação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foi desencadeada após a nota emitida pela Aprosoja/SP, entidade ligada ao agronegócio exportador. Como bons servis dos coronéis do campo, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, trataram de atender as ordens, violando as prerrogativas constitucionais dos acusados.

A movimentação também ocorre após o Carnaval Vermelho, jornada de lutas promovida pela FNL, que provocou o debate sobre a necessidade da reforma agrária e urbana, a partir de ocupações no campo e na cidade, sempre em terras declaradas públicas, improdutivas e sem o cumprimento da função social. As ações do movimento provocaram a revolta dos setores especulativos e do agronegócio, que lucram com a concentração e segregação da terra, que exclui trabalhadores e aprofunda as desigualdades no Brasil.

Enquanto agentes do agronegócio invadem terras públicas e permanecem impunes, sendo bajulados por políticos, pelos meios de comunicação e prestigiados em eventos e homenagens, os lutadores do campo, que lutam por terra para produção alimentar e dignidade humana, são perseguidos e têm direitos e prerrogativas violadas.

O comportamento do secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, escancara essa politização do uso das forças de segurança, ao comemorar nas redes sociais a prisão arbitrária de dois lutadores. Demonstra com esse gesto, que ele não está à serviço da segurança da população paulista, mas sim aos caprichos e desejos de meia dúzia de coronéis do agro, que agem como seus patrões, aos quais ele obedece disciplinadamente.

Evidentemente, essa relação promíscua entre o Estado Brasileiro e os donos de terra, não é nova. No Brasil, desde a década de 80, existe a “União Democrática Ruralista” (UDR), que organiza politicamente os proprietários de terra responsáveis pelas maiores atrocidades contra o povo trabalhador do campo, a partir da ação da violência física, com a contratação de pistoleiros responsáveis por inúmeras mortes, e também a violência institucional, que coesiona bancadas do agro para aprovar matérias legislativas que fazem as questões do campo regredirem para atender aos interesses do latifúndio, em detrimento aos trabalhadores.

Neste cenário, o governo Tarcísio tenta se afirmar como aliado dos setores mais atrasados do campo, oferecendo a liberdade de José Rainha e Luciano de Lima como um troféu no pacto pela opressão contra os trabalhadores sem terra. Para isso, usam todos os tipos de expediente, como a acusações infundadas de extorsão, para atacar a honra dos líderes sem terra, até o desrespeito dos direitos constitucionais para prendê-los à força.

Nosso mandato manifesta solidariedade à José Rainha, à Luciano de Lima, à FNL e a todos os lutadores pela terra que enfrentam o setor mais regressivo do país, a burguesia agrária.


NOTA DE SOLIDARIEDADE DO PSOL PR

LIBERDADE A JOSÉ RAINHA E LUCIANO DE LIMA!

LUTAR NÃO É CRIME!!!

O PSOL PR vem a público manifestar solidariedade a José Rainha Junior e Luciano de Lima membros da FNL – Frente Nacional de Luta Campo e Cidade.

Na tarde de sabado próximo passado, os compamheiros José Rainha e Luciano foram presos pela polícia cívil do Estado de São Paulo, a mando o governador Bolsonarista Tarcísio de Freitas.

Essas prisões políticas tem um claro caráter de revanche do agronegócio devido as fortes jornadas do Carnaval Vermelho promovida pela FNL nos últimos anos.

Em Ponta Grossa PR sem decisão judicial de forma arbitraria, a PM despejou a ocupação Dandara dos Palmares realizada no dia 16 de fevereiro e ainda foram deridos 15 companheiros da FNL de forma arbitrária. O compa Leandro foi detido e algemado por ser o líder do movimento.

José Rainha, que desde 1977 não faz outra coisa a não ser ocupar terras e dividir com os mais pobres não cometeu crime algum ao se levantar contra a fome de 33 milhões de brasileiros e brasileiras.

Para todos os efeitos, José Rainha e Luciano têm o direito de responder à acusação que for, em liberdade, além da presunção da inocência, não há fundamento para uma prisão como essa, a não ser a ira política do agro, que não tolera que seus desmandos sejam revelados.

A FNL ganhou destaque nos noticiários locais e nacionais, foram dezenas de latifúndios rurais e urbanos ocupados pelos sem terras e sem tetos organizados pela FNL em 2023.

Essa prisão política tem o papel de esconder para baixo do tapete a contradiação fundamental do Estado brasileiro que abriga um agronegócio de ponta, capaz de rivalizar com as potencias mundiais mas, amarga números no quesito desigualdade que rivaliza com os países mais pobres do mundo.

Como é possível explicar o fato de sermos um dos agronegócio mais desenvolvido do mundo e no ano passado 58% (125 milhões) dos brasileiros terem experimentado alguma insegurança alimentar e 33 milhões de brasileiros e brasileiras terem passado fome, num dos país que mais produz alimentos do mundo?


NOTA DE SOLIDARIEDADE DO MPL/MS

O movimento popular (MPL/MS) vem público manifestar nossa solidariedade a Frente nacional FNL, e aos camaradas José Rainha e Luciano Lima, que foram presos arbitrariamente no último sábado dia 04 de março, sem nunca ter sido chamados para depor, tem residência fixa, e foram surpreendidos com este mandato de prisão, os “fazendeiros” e jagunços que massacram o povo e que estavam de posse de armas, armas de grosso calibre usadas para reprimir, ameaçar e matar os trabalhadores, estão soltos, e quem organiza e luta por terra e direitos, são presos arbitrariamente, nós os movimentos do campo e da cidade não podemos nos calar diante das injustiças cometida pelo estado e contra os trabalhadores, sabemos que é uma tentativa de criminalizar a luta e todos os movimentos que organizam o povo, por isso defendemos e gritamos, liberdade a Zé Rainha e Luciano Lima!!


NOTA DE SOLIDARIEDADE DA CUT SP

A CUT São Paulo repudia com veemência a ação policial realizada no último sábado, 4 de março, contra os líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha Júnior e Luciano de Lima, na cidade de Mirante do Paranapanema (SP).

As duas prisões possuem cunho político em evidente retaliação às jornadas de ocupações promovidas pela FNL durante o carnaval, que teve como objetivo debater a falta de comida nos lares de milhões de brasileiros em um dos países que mais produz alimento no mundo. A ação “Carnaval Vermelho” parece ter incomodado o agronegócio.

De acordo com a versão da PM, divulgada amplamente pela mídia comercial, as duas lideranças teriam “tentando extorquir os fazendeiros”, situação refutada pela Frente. No entanto, alguns questionamentos pairam no ar: quem teria chamado a PM? Por que a prisão aconteceu sem o devido julgamento, desrespeitando o princípio da presunção de inocência?

Com esse movimento do final de semana, assistimos, mais uma vez, o aparelhamento do Estado, agora sob a gestão do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), para criminalizar os movimentos populares e perseguir as lideranças que lutam pela garantia de direitos básicos.

As prisões arbitrárias das lideranças do FNL só reforçam a política de repressão que os governos alinhados ao agronegócio fazem com os movimentos do campo e de defesa da reforma agrária.

A CUT São Paulo presta solidariedade aos companheiros Rainha e Luciano e a todos os integrantes do FNL e convoca a militância a se unir nessa luta em defesa dos companheiros, que têm o direito de responder a qualquer acusação em liberdade. Lutar não é crime!

Direção da CUT São Paulo

6 de março de 2023


NOTA DA CSP CONLUTAS

Repúdio à prisão de lideranças da FNL. Liberdade, já!

06 de Março de 2023

Os dirigentes da FNL (Frente Nacional de Lutas) José Rainha e Luciano de Lima estão presos desde o sábado (4), após serem detidos na cidade de Mirante do Paranapanema (SP).

Zé Rainha foi preso no assentamento Che Guevara, no Mirante do Paranapanema, onde vive. Luciano foi preso na rodovia José Correa de Araújo, na divisa com o Paraná.

O secretário de Segurança Pública do estado de SP, Guilherme Derrite, alegou que ambos são suspeitos de extorsão contra fazendeiros da região.

A FNL denuncia a perseguição política da prisão, realizada em represália ao “Carnaval Vermelho”, uma série de ocupações que foram realizadas no último mês na luta pela reforma agrária por movimentos sociais.

Neste domingo (5), os ativistas passaram por audiência de custódia, mas tiveram as prisões mantidas.

A falta de terra, moradia e comida para milhões de brasileiros segue sendo uma realidade trágica para milhões de famílias em todo o país e, por isso, a luta pela reforma agrária segue mais necessária que nunca.

No entanto, os interesses do latifúndio e do agronegócio seguem ditando as regras no país, o que foi agravado ainda mais durante o governo de Bolsonaro, quando foram estimuladas a violência e repressão contra os lutadores sociais, principalmente no campo.

Denunciamos essa prisão política por parte do governador bolsonarista de SP Tarcísio de Freitas.

Pela liberdade imediata de José Rainha e Luciano de Lima! Que respondam em liberdade!

Lutar não é crime! Reforma agrária já!

Disponível em: https://cspconlutas.org.br/n/17225/repudio-a-prisao-de-liderancas-da-fnl-liberdade-ja


NOTA DE SOLIDARIEDADE DA ASSUFRGS

A ASSUFRGS Sindicato vem a público manifestar a sua preocupação diante da prisão dos líderes do movimento rural, José Rainha e Luciano de Lima, militantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), que foram presos pela Polícia Civil de São Paulo, na cidade de Mirante do Paranapanema. A prisão tem claro cunho político, já que ocorreu após a mobilização conhecida como “carnaval vermelho”. Nesse ano, o movimento denunciou a invasão de terras públicas pelo agronegócio no Pontal do Paranapanema. José Rainha (foto) atua no movimento desde 1977 e tem o direito de responder à acusação que for, em liberdade.

A FNL ganhou força nos últimos anos ao realizar jornadas de luta no carnaval. O objetivo do Carnaval Vermelho é trazer para a discussão a contradição de sermos um dos países que mais produz alimentos no mundo, porém temos mais de 125 milhões de brasileiros com alguma insegurança alimentar, sendo 58% dos brasileiros e brasileiras, e o mais grave, são mais de 33 milhões com insegurança alimentar severa.

Assim, fazemos coro às entidades sindicais e movimentos sociais que denunciam essa prisão política arbitraria, por parte do governo de Tarcísio de Freitas, governador Bolsonarista de SP e que exigem a imediata liberdade de Rainha e Lima. O Estado Democrático de Direito, garante a todo cidadão responder a qualquer acusação em liberdade. Não à criminalização da luta dos movimentos socais!

Disponível em: https://www.instagram.com/p/CpdbNvvuLFM/?igshid=MDJmNzVkMjY=


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